O Desporto que Évora Merece — e Ainda Não Tem

O Desporto que Évora Merece — e Ainda Não Tem

Há demasiado tempo que o desporto em Évora é vítima de uma política feita de anúncios e promessas, mas sem execução. Equipamentos inexistentes ou degradados, apoios insuficientes, freguesias rurais esquecidas e uma cidade que, em vez de liderar, se habituou a ficar para trás. Esta realidade não é inevitável: resulta de escolhas, de prioridades trocadas e de uma incapacidade gritante de transformar ideias em resultados. Mas Évora tem soluções ao alcance — e o tempo de adiar acabou. A proposta que Henrique Sim-Sim e a AD têm para a área no desporto dão-nos esperança e motivação!

O futuro exige uma visão integrada, capaz de ligar clubes, escolas, freguesias, associações e a Universidade de Évora. Um Conselho Municipal para o Desporto pode ser esse espaço de participação e debate estratégico, reforçado por um programa de apoio assente em critérios claros e transparentes, que valorize a ambição e a qualidade dos clubes. Esta foi uma proposta do PSD, aprovada no anterior mandato, que, infelizmente, ficou guardada na gaveta…

A ausência de infraestruturas dignas é talvez o exemplo mais evidente da negligência acumulada: uma capital de distrito sem um pavilhão municipal adequado é um contrassenso histórico. Dependemos de espaços improvisados e insuficientes, o que trava o crescimento das modalidades coletivas e limita o acesso da população à prática desportiva. Projetos como a segunda fase do Complexo Desportivo, um novo complexo de piscinas ou um Centro de Alto Rendimento não podem continuar a ser promessas eleitorais — têm de ser obras concretas, com prazos definidos e execução garantida.

Mas o desporto não pode estar concentrado apenas no centro da cidade. É urgente garantir condições de qualidade também nas freguesias rurais, onde crianças e jovens continuam a crescer sem as mesmas oportunidades. Ao mesmo tempo, Évora deve olhar para modalidades emergentes, criando, por exemplo, um skate park multifuncional e novos equipamentos de proximidade nos bairros, capazes de atrair públicos diferentes e aproximar a prática desportiva do quotidiano da comunidade.

É igualmente indispensável assumir o desporto como instrumento de inclusão social. O desporto adaptado, a igualdade de género, os programas para jovens em risco e o apoio aos seniores não podem ser tratados como temas secundários. São pilares de uma política moderna e inclusiva, que promove saúde, integração e coesão social.

 

No plano competitivo, Évora precisa de se afirmar no mapa nacional e internacional. Um calendário de grandes eventos, organizado com os clubes, pode trazer notoriedade e investimento. O Europeu Feminino de 2029 e o Mundial de 2030 são oportunidades únicas: ou a cidade se prepara com seriedade, ou ficará mais uma vez confinada ao papel de figurante.

E há ainda problemas básicos que não podem continuar a ser ignorados. Muitos clubes não têm transporte adequado para os atletas; outros sobrevivem sem apoio logístico mínimo. A autarquia deve apoiar, faseadamente, a aquisição de carrinhas sustentáveis, garantindo autonomia e segurança. A ligação entre desporto e educação também precisa de ser reforçada, alargando programas como o Jogar+ e integrando novas modalidades nas AEC, para que todas as crianças tenham acesso à prática regular.

As soluções estão identificadas. O programa eleitoral da AD e de Henrique Sim-Sim é claro, objetivo e ambicioso e, por isso mesmo, mobilizador! O que tem falhado não são as ideias, mas a capacidade política de as concretizar. O tempo da retórica acabou. Évora não pode continuar a ser a cidade do “quase”: quase teve uma piscina nova, quase teve uma academia, quase teve um pavilhão municipal. Os clubes e associações merecem mais. A população merece mais. Évora merece mais futuro!

O desporto não é acessório nem pode ser reduzido a discurso eleitoral. Évora não pode continuar a viver de promessas enquanto os clubes lutam sozinhos, os jovens ficam sem oportunidades e a cidade permanece sem infraestruturas dignas de uma capital de distrito. Chegou o momento de exigir resultados: obras, programas, apoio real e gestão eficiente. Quem falhou até hoje deve assumir as suas responsabilidades e ceder o caminho a quem tem capacidade para cumprir.

O desporto não é acessório nem pode ser reduzido a discurso eleitoral.

Évora não pode continuar a viver de promessas enquanto os clubes lutam sozinhos, os jovens ficam sem oportunidades e a cidade permanece sem infraestruturas dignas de uma capital de distrito. Chegou o momento de exigir resultados: obras, programas, apoio real e gestão eficiente. Quem falhou até hoje deve assumir as suas responsabilidades e ceder o caminho a quem tem capacidade para cumprir.

Não haverá desculpas. Não haverá adiamentos. Évora merece, finalmente, um desporto à altura da sua história — e é hora de fazê-lo acontecer.  Da minha parte, não tenho dúvidas em apoiar o projeto de Henrique Sim-Sim e da AD. Évora, no desporto, terá mais futuro!

Sofia Jarreta

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